O ÚLTIMO APAGA A LUZ!

01:33

Chegou a hora, estamos todos verificando se as janelas estão fechadas, as portas devidamente trancadas, e se não deixamos a pia do banheiro pingando, afinal, o último a sair apaga a luz.
Mas antes de apagar olhamos para trás, e como de costume passa um filminho na cabeça, vamos lembrando de todos os cômodos da casa, queremos deixar tudo em ordem pra dar tchau.
E assim estamos todos, mais uma vez, uns mais gratos do que outros, mas prontos para mais uma vez dar tchau. Mais um ano, e MEU DEUS, que ano!!!!!!
Eu poderia dizer que 2016 foi aquela visita inconveniente e inesperada que chega no domingo a tarde depois do almoço no momento que estamos afofando o travesseiro para cochilar. 
2016 . . . aquela visita que chega metendo os dois pés nas porta e fazendo bastante barulho. Ninguém dormiu nesse 2016 barulhento!
A visita além de barulhenta foi daquelas bem bagunceiras, derrubou porta-retratos, colocou os pés sujos em cima do sofá branco, não percebeu seu carão de quem desaprova atitudes e fez guerra de almofada. Grudou chiclete no pelo do seu cachorro e nem se importou com os seus gritos de "Não faz isso", "Não é assim", e deu de ombros quando disse "Por favor, vá com calma!". 
Sabe o eixo da terra? 2016 mexeu nele todinho! Que estrago!
Mas essas visitas incômodas sempre tem algo a ensinar, tudo na vida tem, porque se não tiver, eu juro que não quero nem saber que diabos estamos todos fazendo aqui, se não for pra aprender! 
Visitas de domingo acabam com o sossego, mas te ensinam algumas coisas .. Ensinam a arte do improviso, o artefato técnico para sobrevivência, e com ele aprendemos a conviver com a visita. Ganhamos força, e ganhar força em um cenário não planejando sempre nos deixa receosos. E é nessa hora que olhamos para o lado, e encontramos uns anjinhos, uns bons amigos! Daqueles que sentem cheiro de bagunça de longe e aparecem com enormes sorrisos para ajudar, ajudar a passar pelo desafio de uma visita inconveniente de domingo. Eles pegam na mão, ou olham fundo nos olhos, e vão. Anjos sempre sabem o que fazer! 
Depois de passar por essa visita inconveniente de domingo, fechar a casa e estar pronta  pronta para apagar a luz, gostaria de agradecer. Agradecer o ano incrível, inesperado, lotado de surpresas, superações e realizações. Agradecer o bando de gente louca e capaz, e que fez parte desse ano maluco. Loucos que ajudaram, riram, tomaram muitas cervejas e trabalharam duro! Foi um ano inesquecível, um ano de matar leões, quebrar conceitos, retomar rabiscos.
Agora depois de agradecer, e ainda antes de apagar a luz, desejo que esse próximo ano seja para todos uma visita de sábado a noite que chega com pizza e cerveja! Que tenha uma conversa menos tensa, que ensine coisas legais, mas que também traga desafios, afinal estamos aqui para aprender.
Que nos ajude a ter mais amor, a sermos mais tolerantes. Que venha com menos imposições, sem tanto "certo ou errado", direita ou esquerda, porque isso é um saco, e só leva a briga, distância quem a gente ama.

Por fim, meu muito obrigada à todos que dedicaram um tempinho para ler minhas besteiras, afinal essas besteiras são um tanto importantes para mim! 
Um 2017 com muita saúde e respeito! 

Falo 2016! 
Ah .. o último apaga a luz! 














Chata sim!!

03:10

Gosto de pensar que algumas das nossas características mais fortes da infância se desenvolvem conosco ao longo do tempo. E de uma forma ou de outra, essa característica nos ajudará ou ensinará a passar por situações na vida adulta. A minha por exemplo, é a insistência.  Desde criança, sou movida pelos porquês da vida. Nunca aceitei perguntas sem respostas. Ã‰ assim e pronto, nunca foi suficientes pra mim. Sempre fui um poço de curiosidade, e quando criança sincera e espontânea ao extremo. Vivia no meio de adultos com uma enorme parabólica ligada louca para captar informações, e de vez em quando acabava repassando de uma forma meio torta pra quem não deveria. Penso que são atitudes perdoáveis das crianças, e espero que minha tia tenha pensando assim quando soltei na frente dela a pérola: "Não fulana, não precisa chamar a Tia pra ir pra praia, a Tia não gosta de você,  Ã© Tia!?", Coisa de criança, não é? Ainda na infância entrava várias madrugadas conversando com meu pai, falando de música, falando de Deus, do universo, das pessoas, do Raul e de uma tal de sociedade alternativa. E que se eu quisesse fazer uma produção independente ele me daria o maior apoio. Sempre tive liberdade total dentro da minha casa, nunca tive medo dos meus pais, e acredito que esse tipo de criação foi essencial pra eu me tornar quem sou hoje, uma chatíssima insistentíssima! Não é de caso pensando, quando dou por mim já estou lá fazendo manobras, nunca desisto! Sede por conhecimento faz com que as pessoas fiquem destemidas, atrevidas. me atrevo onde não deveria se quer passar perto com meu nariz, e quando me vejo, já estou sentada no meio de uma rodinha falando do que "não deveria".Insisto, persisto, me intrometo, acredito que faço parte do clã mais elevado das chatas! Chata com tudo aquilo que acredito, com direito a tudo que se tem direito! 
Insistente com todas as coisas que brilham os olhos e atiçam a lombriga da motivação

Então não fique desapontado, se eu não aceitar seu não. 

Uma dose de sinceridade

00:40

Ela é de gêmeos e tem um jeito adolescente que faz qualquer um enlouquecer. Tem corpo de 23, 20 na idade e 16 na cabeça, é uma criança brincando de ser gente grande. Por vezes para e olha ao seu redor, sem saber bem como chegou ali e o que deveria estar fazendo. Se preocupa com coisas que estão aquém da sua alçada, casais que deveriam estar juntos, com o mocinho do filme que foi injustiçado com o massacre dos ursos panda na China. Tem um amor incondicional por animais, principalmente se forem filhotes, sua queda por filhotes é do tamanho do Everest. Ela necessita de uma atenção especial por ser especial, sempre tenta ver as coisas com o seu lado racional, mas por vezes seu coração se sobrepõe, seu coração insiste em se meter onde não é chamado.

Odeia ficar sozinha, precisa estar em movimento, precisa estar acompanhada, seja por amigas, seja pela família, seja por um namorado. Quando ela fica sozinha ela pensa e quando ela pensa, ela se perde. Todas os seus dilemas vêm a cabeça, todos os problemas, todos os casos insolucionáveis de paixões mal resolvidas. Ela é possessiva e nem tentar fingir que não é, ela sente o cheiro de problema a quilômetros, não é uma pessoa que cria inamizades, mas não gosta muito de ex namoradas, ficantes e afins, ela não gosta muito de amigas em volta e curtidas no Instagram também, em resumo: ela não gosta muito dessa coisa de dividir atenção, deseja cada parte da atenção para ela.

Ela é inesperada, é submissa ao mesmo tempo que domina, ela manda e é mandada, ela não decide que papel empenha numa relação, por vezes é a dama em perigo, por vezes é a destemida Amazona que vai em busca do seu homem indefeso. Ela brinca e é séria, ela está sorrindo e dali dez minutos está chorando, não sabe expor suas mágoas, elas as guarda e processa internamente, busca entender o porquê das ações de todos ao seu redor e sempre chega à conclusão de que ela deve ser o problema, mas ela costuma ser solução.

Ela beija profundo, usa o seu coração em cada segundo do ato, ela é intensa e daqui a pouco volta a ser leve, ela te cativa nessas alternâncias, beija com força e depois só desliza os lábios pelos seus, só pra deixar aquele gostinho de quero mais, ela gosta que venham atrás dela, gosta de se sentir valorizada, não foi feita para correr atrás, foi feita para ser o motivo da disputa.

Ela ̩ de g̻meos, mas se veste para festa quando vai jantar, ̩ porque ela nunca sabe os rumos que a noite vai tomar. Ela decide em cima da hora, faz planos, ela ̩ uma constante reviravolta. Ela ̩ comunicativa e parece se encaixar bem em qualquer ambiente, faz amigos como eu fa̤o textos Рeu ṇo paro de escrever Рvive aceitando novas solicita̵̤es de amizade no Facebook e rejeitando gente estranha no Instagram. Ela atrai ao mesmo tempo que distrai, te faz esquecer do mundo porque ela passa a ser o teu.

Ela é de gêmeos, duas em uma. Sempre.

Autor: Bruno Amador

A vida não pode ser banal!

23:56

Desde muito pequena minha mãe me ensinou que pegar algo que não nos pertence é feio. Que querer algo que ela não pudesse comprar era normal, e foi assim que desde pequena me acostumei a ouvir não.
Hoje aos 22 anos, e algumas histórias no currículo, acordo todos os dias de manhã, mesmo se o sol não está batendo na janela, tô ali de pé, rosto limpo e disposta a encarar os desafios de um novo dia. Eu não quero nada do que não é meu, e o que ainda não é, pretendo conquistar, mas por mérito, não jogando baixo, não por força bruta.
Sabemos que não é fácil, que passamos por dificuldade, lutamos, mas levamos nossa vida a sério. Ela é uma só, ela não pode ser banal, ela não deve ser destruída por um marginal. É grande demais pra virar estatística, um número, mais uma vítima de roubo seguido de morte.
Esse fim de semana fui impactada por uma notícia dessas que "vemos aos montes" nos jornais todos os dias. Mas foi bem do meu lado, e meu coração apertou.
Um pai de família, trabalhador, esforçado, desse típico brasileiro que gosta de cerveja, churrasco e família reunida, sai de casa e não volta. Não volta porque alguém em algum lugar toma o que não é seu, como um carro, toma uma vida. E mais pedacinhos de várias outras.
Vivemos em um país violento, corrupto, com tudo que e básico defasado. Onde o ponto de ônibus é perigoso, onde bens materiais se esvaem pelos dedos, e gatilhos tiram vidas na mesma velocidade que enviamos uma mensagem.
Sabemos disso, sabemos que é recorrente, que não podemos reagir, que a morte é a única certeza que temos nessa coisa maluca que chamamos de vida.
Mas se tem uma coisa que NUNCA vou me conformar é com quem brinca de Deus e tira a vida do seu semelhante.
Pra mim, o crime jamais terá justificativa, e por favor, não me venha com histórias tristes de quem vive a margem da sociedade, e usa o crime como estratégia de sobrevivência. Não me venha com "coitadismos" ou com "eles não podem ser culpabilizados", e hoje eu também não quero saber de direitos humanos.
Pelo simples fato de que um dia minha mãe me disse, "o que não é seu, você não pode pegar. A vida não é fácil pra ninguém, acostume-se com o não".
Consciência e coração bom, não estão em vitrine nenhuma para vender.

Teorweb de boteco!

08:49

Meu querido amigo, viver é puro marketing. Está na sua frente, é só abrir bem os olhos.
Já se tornou normal o tempo surreal que gastamos nos esforçando pra sermos "vistos",  "percebidos" na rede.
Esse tempão que eu e você gastamos tentando (RE) afirmar algo para alguém que muitas vezes nem sabemos quem ou porquê, através de frases de "tumblrr", fotos com legendas reflexivas ou zoeiras sobre a Fátima e Bonner, e as tirinhas sobre o interminável fim de agosto é uma prática exercida há muito tempo.
O que antes estava associado apenas ao estilo de roupa, tatuagens, aos lugares frequentados, hoje tem um amplificador natural.
A teoreweb tá aí, sem limites, e sem "barreiras" para eu e você expressarmos o que quisermos, saciando nossa necessidade natural de ser eloquente. É como se pudéssemos aumentar o volume da nossa voz toda vez que falamos algo interessante (ou não) enquanto conversamos no bar, dando a possibilidade para quem não está junto, interagir também. Não é sensacional?
Não construímos a roda, mas a adaptamos muito bem!
Essa coisa maluca faz parte da construção da nossa imagem.
Do lado psicológico da coisa, pouco posso garantir, mas se permitem fazer uma analogia mercadológica, estamos sempre buscando aceitação dos nosso clientes, queremos que venham até as nossas páginas, e que voltem sempre, queremos fideliza-los. Buscamos embaixadores para nossa marca pessoal usando um contato infinito.
Fazemos isso o tempo todo, felizes ou tristes sempre estamos na rede interagindo, RE(afirmando), julgando, concordando ou discordando, criando polêmicas ou amando tudo que brota nas timelines da vida. Dessa forma você saí da rede e vai pra roda, ou vira print na mão da galera, aumentando sua participação nas conversas alheias, menções positivas - ou negativas, afinal tudo é uma questão de posicionamento. Qual é sua estratégia pra aumentar a  participação nesse mercado?
Não vou afirmar que estamos na era de "Você é o que você posta", porque somos muito mais do que um 140 caracteres, muito mais do memes, snaps, bem mais que um blog (apesar que os blogs já tiveram dias melhores).
Mas sabemos que todos temos objetivo, estratégia e tática, dentro de sentimentos, ego e necessidades pessoais, mesmo sendo você um "lover" ou um "hatter" de qualquer coisa, às vezes simplesmente não podemos negar. Querer fazer parte, ser aceito está dentro de todos nós, em um lugar que não podemos controlar.
Por isso desejo a todos um bom trabalho, e a certeza de que se posicionar nunca será uma tarefa simples.

Ô Saudade daqui!

23:38

Já fazia um tempo que não passava por aqui, e esse tempo que passou foi o suficiente para que eu pudesse perceber que tinha esquecido grande parte das linhas já escritas, mas algo me fez voltar. Que saudade eu estava daqui!
Sem querer deixei a rotina engolir um dos melhores prazeres que já pude ter, o que de longe mais gostava de fazer.
A loucura diária tem um pouco de culpa nisso, acho também que o tempo pode ter também sua parcela, crescer nos ocupa demais.
Que grande besteira deixar qualquer coisa me afastar aqui, por um tempo esquecer que essas palavras traduzem o que a alma sente, subjetivo ou não colocar no papel alivia toda e qualquer angústia.
Que bobagem esquecer que posso criar histórias transparentes, com muita luz e pouca inspiração.
Que tolice perder a minha parte mais expressiva, a menos limitada, onde o medo não existe.
Esquecer daqui, bem daqui onde qualquer música me permite desenhar um cenário ideal, um mundo particular.
Palavras e imaginação, a maior força que puderam criar, onde escrevemos problemas e suas soluções, somente com um vai e vem das mãos.
Formular as mais belas frases, daquelas que te levam ao céu em um segundo, e te jogam no chão na seguinte.
Cria esperanças, faz o amor aparecer e qualquer coisa parecer amor.
Com os celulares nas mãos vemos as letrinhas fazerem quem as lê chorar de rir, e rir depois de tanto chorar, em um mundo como o nosso, as letrinhas são a conexão para qualquer sensação.
Foi através delas que descobri meu primeiro amor e desejei as mais sinceras desculpas.
Reparando em um ou outro por aí, descrevi tudo de um jeito singular, que delícia e alivia.
Que grande tolice esquecer das letrinhas, e que saudade que eu tava daqui!